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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Doenças do Inverno: Rinite


Vírus,fungos,bactérias ou uma simples molécula de poeira encarada pelo corpo como intrusa entram pelo nariz e grudam na mucosa que reveste a cavidade nasal.

Sintomas
Coceira e irritação no nariz, coriza, espirros e congestão nasal.

O que é?
É a inflamação da mucosa que reveste o nariz. É muito comum que seja deflagrada por uma alergia: o organismo encara moléculas presentes na poeira e no mofo, por exemplo, como inimigos, e não demora a disparar o que se chama de cascata inflamatória. Como não é possível eliminar completamente aqueles elementos que atiçam as defesas do corpo, o nariz torna-se uma região constantemente inflamada. Vírus, bactérias e fungos, além de fatores irritantes não-alérgicos, como odores fortes, também podem desencadear a inflamação.

Tratamento
A rinite alérgica exige paciência. É possível lançar mão de medicamentos antialérgicos, mas manter o ambiente sempre limpo e arejado é essencial para controlar o problema. No caso das bacterianas e das virais, o mais comum é que o quadro evolua, levando a outros tipos de inflamação, como sinusite ou otite. Aí o tratamento será específico para essas manifestações.

Prevenção
Evite locais pouco ventilados, onde há acúmulo de poeira e mofo. O tratamento preventivo com medicamentos deve ser prescrito por um especialista.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Doenças do Inverno: Gripes e Resfriados


É quando a temperatura baixa que diversas doenças passam a atormentar o organismo.Vírus e bactérias aproveitam os locais fechados, cheios de gente, para se espalhar e provocar de espirros a dores no corpo. O sistema respiratório é o principal alvo desses problemas, que merecem ser remediados o quanto antes para evitar complicações. Conheça as doenças mais comuns do inverno e saiba como preveni-las

1- GRIPE 
O que é?
É um problema respiratório causado pelo vírus influenza. Ao contrário do que muita gente pensa, não tem nada a ver com o resfriado, cujos sintomas são mais leves. O influenza consegue se apoderar de células das vias aéreas e, para conter essa invasão, o sistema imune recruta anticorpos e dispara uma baita reação inflamatória. No final das contas, não é apenas o aparelho respiratório que sente o ataque — o corpo inteiro padece de dores e daquela sensação de moleza. O impacto da agressão varia de acordo com as condições do hospedeiro — não por menos, a gripe costuma ser mais nefasta para os bebês e para quem já passou dos 70 anos.

Contagio: O vírus influenza no ar dentro de gotículas saídas do corpo por meio da tosse ou espirro. Desse jeito consegue penetrar pelo nariz ou pela boca de outros indivíduos infectando-os.

Sintomas: Febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dor de cabeça e pelo corpo, cansaço físico.

Tratamento: São adotados remédios que atenuam os sintomas, como os antitérmicos, os analgésicos e os descongestionantes nasais. Depois de avaliar o caso, o médico pode receitar apenas repouso ou recorrer também a antivirais, cuja função é justamente exterminar o influenza. Casos mais graves exigem internação para evitar complicações como pneumonias.

Prevenção: Lavar sempre muito bem as mão, evitar o contato com pessoas com sintomas da gripe e, se possível, não frequentar locais apinhados de gente, como creches, estações de trem e aeroportos – todas essas ações contribuem para frear o contágio. Uma medida excelente, recomendada sobretudo a crianças pequenas e idosos, é tomar a vacina. Ela ensina o sistema imune a criar um pelotão atento, capaz de desmobilizar o ataque do influenza.

2- RESFRIADO
O que é?
Trata-se de um problema bastante comum que acomete as vias aéreas superiores — especialmente o nariz. Diferentemente da gripe, os sintomas são bem mais brandos. São vários os autores da encrenca — todos vírus, vale frisar. A quadrilha pode ser formada por rinovírus, parainfluenza e alguns tipos de adenovírus. Eles acabam agredindo a mucosa do nariz e, como resposta, o organismo ordena a produção de muco para eliminá-los.

Contágio: Diversos tipos de vírus (Como rinovírus,adenovírus e bocavírus)entram no trato respiratorio e decidem se instalar nas mucosas do nariz e da garganta.

Sintomas: Espirros,congestão nasal e coriza.

Tratamento: Não há remédio específico para os vírus do resfriado. Os medicamentos usados — caso dos descongestionantes nasais — combatem os sintomas até que o sistema imune se encarregue de abafar os invasores. Ficar de repouso pode ajudar.

Prevenção: A higiene das mãos e do nariz é o jeito mais seguro de evitar a contaminação pelos vírus. Um estilo de vida saudável ajuda a fortalecer o sistema imunológico, tornando-o mais eficiente para expulsar qualquer agressor. Até porque os agentes do resfriado não podem ser detidos por vacinas.

sábado, 11 de junho de 2011

Doenças do Inverno: Sinusite



Quando o frio chega e a umidade dá uma trégua, abrem-se as portas para micróbios que levam à sinusite. E haja dor de cabeça, congestão nasal... Conheça todas as saídas para se livrar desse aperto.

O que é?

É a inflamação ou infecção dos seios da face, as cavidades que ficam no interior dos ossos, ao redor do nariz, da maçã do rosto e dos olhos. Como ela sempre vem acompanhada de uma rinite, os especialistas chamam de rinossinusite. O processo infeccioso pode ser desencadeado por diversos fatores, como alergia, fungos, vírus e bactérias. Cerca de 95% dos casos de sinusite bacteriana surgem depois de uma gripe, muito comum neste período do ano. Vale lembrar que pacientes com desvio de septo, pólipos nasais ou qualquer alteração que impeça a ventilação dos seios da face são fortes candidatos à sinusite.

Respire fundo. Estamos naquele período do ano em que o nariz sofre — e como sofre! Casacos guardados durante meses finalmente saem do armário, o ar está mais seco e a poeira voa livre, leve e solta por todos os cantos. Para piorar, a gente tenta esquentar o corpo se amontoando em locais fechados, um prato cheio para a proliferação de vírus e bactérias. Assim, está armado o circo para que as doenças respiratórias promovam seu show. Nesta época, gripes e resfriados dão o ar da graça e a rinite ataca, deixando as vias aéreas expostas a toda sorte de inflamações. Aí, basta um micro-organismo mais esperto aproveitar a brecha e pronto: instala-se a sinusite — ou rinossinusite, como preferem os especialistas. “É muito raro ocorrer a sinusite sem uma rinite”, justifica Antônio Douglas Menon, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Quem já enfrentou o problema conhece os sintomas: a cabeça fica pesada e o rosto parece que vai explodir.Sem falar naquela secreção esverdeada que sai do nariz. Mas a doença às vezes dá sinais menos óbvios. “Rouquidão e tontura também podem ser indícios”, exemplifica o otorrinolaringologista Fernando Chami, do Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, em São Paulo. Até dor de dente a sinusite, como ainda é popularmente conhecida, pode provocar.

Todo esse mal-estar ocorre porque os seios da face — as cavidades que ficam no interior dos ossos, ao redor do nariz, da maçã do rosto e dos olhos — entopem. Daí, abrir caminho para que o ar circule tranquilamente pelos seios da face nem sempre é tarefa fácil. Felizmente, a ciência tem trabalhado para desenvolver novas soluções para dar fim a esse sufoco. A equipe do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, na capital paulista, acaba de trazer ao Brasil uma cirurgia criada nos Estados Unidos, parecida com o procedimento usado para desentupir artérias do peito: a sinuplastia com balão. “É mais uma ferramenta para combater a rinossinusite”, acredita o otorrinolaringologista João Flávio Nogueira, que já testou o método em 12 pacientes. Menos agressiva do que a cirurgia tradicional, ela seria recomendada para crianças, idosos ou aqueles que não podem se expor a sangramentos, por exemplo.

“É importante frisar que a nova técnica não é a solução para todos os problemas”, pondera João Flávio Nogueira. Ou seja: embora a sinuplastia apresente bons resultados — os pacientes que fizeram o teste passam muitíssimo bem —, o método requer indicações precisas, e nem sempre é a melhor escolha. A cirurgia tradicional, que como a nova operação também é guiada por videoendoscopia, continua cumprindo eficientemente o papel de desobstruir os seios paranasais — para isso, os tecidos que estão bloqueando as cavidades são cortados e removidos. “Hoje, ela melhora a qualidade de vida dos pacientes em cerca de 85% dos casos crônicos”, aponta Renato Roithman, presidente da Academia Brasileira de Rinologia. A intervenção cirúrgica, é bom lembrar, só entra em cena em casos graves ou quando todas as possibilidades de tratamento clínico falham.

Prevenção
Quem sofre de sinusite crônica deve tomar cuidados como beber bastante líquido para se manter hidratado – isso deixa o muco menos denso, o que facilita sua eliminação. Evitar cigarro e ambientes muito poluídos também protege a mucosa contra inflamações. As vacinas antipneumocócicas ajudam a combater um dos tipos de bactéria que podem causar a sinusite, os pneumococos.



Por Paula Desgualdo