sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Dicas para sair satisfeita da consulta médica
Para sair satisfeita de uma consulta médica, o ideal é saber o que perguntar e de que maneira. Confira então 7 regras básicas que vão ajudá-la a sair do consultório satisfeita e sem nenhuma dúvida sobre sua saúde.
1. Não queira bancar a médica
Você pode até consultar seus sintomas na internet, mas não chegue à consulta com um "diagnóstico". Conte ao médico o que está sentindo e espere que ele a oriente. Quem costuma se autodiagnosticar acaba omitindo sintomas importantes na consulta.
2. Prepare-se para a consulta
Procure anotar o máximo de dados sobre o problema que você tem, quando notou os primeiros sintomas e se eles estão ligados a fatores externos. Seja honesta na conversa e não se esqueça de listar todos os remédios que você toma regularmente.
3. Leve seus exames mais recentes
Não precisa levar seu histórico médico completo, apenas os exames relacionados ao problema atual e que tenham, no máximo, um ano. Se o médico pedir resultados mais antigos, leve-os na próxima consulta.
4. Segure a ansiedade
Pode abrir seus exames antes do médico, mas não se desespere se vir algo estranho. "Os resultados podem ter importâncias diferentes dependendo do quadro clínico", alerta o cardiologista Hélio Castello, diretor da clínica Angiocardio.
5. Não saia com dúvidas
Você tem que entender exatamente o que se passa em seu corpo, então, tire todas as dúvidas. O médico deve falar com calma e clareza e não tenha medo de perguntar. Se sentir que o especialista não quer muita conversa, procure outro.
6. Seja uma boa acompanhante
Se a consulta não for com você, deixe que o doente descreva os próprios sintomas (a menos que ele seja criança). Não fique interrompendo: após ouvir o relato, acrescente só os detalhes relevantes que ele possa ter esquecido.
7. Não peça receita por telefone
Um bom médico só vai receitar medicamentos após examinar você. Muitas vezes, por se estabelecer uma relação amistosa com o médico, tomamos a liberdade de pedir receitas para nossos parentes, mas isso é proibido por lei.
sábado, 3 de setembro de 2011
Doenças do Inverno: Bronquiolite
O que é?
A bronquiolite é uma doença que se caracteriza por uma inflamação nos bronquíolos e que, geralmente, é causada por uma infecção viral (infecção originada por um vírus.
O ar entra pelo nariz, vai para a faringe, chega até a laringe e, já no pescoço, desce pela traquéia.
Dentro do tórax, a traquéia divide-se em dois tubos chamados brônquios. Cada brônquio, no trajeto dentro do pulmão, vai se ramificando e tornando-se cada vez mais estreito. A estas ramificações, que espalham o ar nos pulmões chamamos de bronquíolos.
Na bronquiolite, após ocorrer o dano nos bronquíolos, um processo de cicatrização começa a ocorrer.
Ao se reparar o dano pode-se ter um percurso muito variável. Pode levar à diminuição dos bronquíolos. Os alvéolos, que estão perto dos bronquíolos, são quase sempre afetados. Eles são responsáveis pela troca dos gases - entra o oxigênio e sai o dióxido de carbono.
Existem várias causas para a bronquiolite, como por exemplo:
-Danos pela inalação de poeiras,
-Fogo,
-Gases Tóxicos,
-Cocaína,
-Tabagismo,
-Reações induzidas por medicações,
-Infecções respiratórias.
A bronquiolite, após infecções respiratórias é a situação mais frequente e verifica-se mais nas crianças pequenas. Normalmente, afecta crianças até dois anos de idade, sendo que a maioria dos casos ocorre entre 3 e 6 meses.
O vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal microorganismo nesta doença. Este pode causar infecções pulmonares também em adultos saudáveis. Estas infecções costumam ser leves, mas, em crianças ou pessoas com fraqueza do sistema de defesa do organismo, podem ser graves. Contudo, a taxa de mortalidade desta doença diminuiu significativamente na última década.
Como se desenvolve?
O vírus sincicial respiratório (VSR) pode causar infecção no nariz, garganta, traquéia, bronquíolos e pulmões.
A infecção pelo VSR, tipicamente, causa sintomas leves como os da gripe em adultos e crianças maiores. Já nas crianças com menos de um ano, o VSR pode causar pneumonia ou uma infecção frequente na infância: a bronquiolite.
O vírus sincicial respiratório é muito contagioso por meio do contato das secreções contaminadas do doente com os olhos, nariz ou boca da pessoa sã. O doente, ao levar a sua mão à boca, nariz ou olhos, acaba contaminando as suas mãos e, ao tocar em outras pessoas, a doença espalha-se.
A pessoa sã também pode infectar-se ao respirar num ambiente onde um doente, ao tossir, falar ou espirrar, deixou gotículas contaminadas com o vírus dispersos no ar.
A bronquiolite é uma doença sazonal – é mais frequente nos meses de outono e inverno.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, podemos encontrar os seguintes:
-Ter menos que 6 meses de idade;
-Exposição ao fumo do cigarro;
-Viver em ambientes com muitas pessoas;
-Prematuridade – nascimento antes de completar 37 semanas de gestação;
-Criança que não amamentou.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns da doença são:
-Tosse intensa;
-Febre baixa;
-Dificuldade para respirar - incluindo chiado no peito, Movimentos respiratórios rápidos ou, até mesmo, apnéia;
-Vómitos (nas crianças pequenas);
-Irritabilidade;
-Diminuição do apetite;
-Cianose - é a coloração azulada da pele que costuma aparecer em torno da boca e na ponta dos dedos, quando a dificuldade respiratória é grave;
-Dor de ouvido (nas crianças)
-Olhos avermelhados por uma inflamação conhecida como conjuntivite;
-Batimento de asas do nariz – movimento das narinas, que ocorre em situações de dificuldade respiratória nas crianças pequenas.
Como se trata?
Adultos e jovens com infecção pelo VSR geralmente não precisam de tratamento, basta tomarem medicação para alívio dos sintomas.
Contudo, nenhuma medicação tem se mostrado realmente eficaz para mudar a evolução de uma bronquiolite por VSR.
Crianças pequenas podem necessitar de internamento no hospital para tratamento e acompanhamento da doença. O tratamento é de suporte, utilizando oxigénio. Há a possibilidade de se usar a adrenalina por inalação com bons resultados. Broncodilatadores (que podem facilitar a entrada e a saída do ar dos pulmões) e corticóides (potentes anti-inflamatórios) podem ser usados na tentativa de melhorar a situação.
Casos graves em crianças pequenas podem evoluir para insuficiência respiratória e requerer ventilação mecânica, onde um aparelho ajuda a manter a respiração da criança. Estas crianças poderão receber também um medicamento que combate o vírus: a ribavarina.
Normalmente, os sintomas da doença desaparecem dentro de uma semana e a dificuldade na respiração melhora em torno do terceiro dia.
Contudo, um grande número de crianças, depois de uma provável crise de bronquiolite por VSR, continuam com chiado no peito intermitente assim como ocorre na asma. Esta é chamada de sibilância recorrente pós-bronquiolite. É uma situação problemática que necessita da ajuda do seu médico.
Como se previne?
Evitar contato com as pessoas doentes poderá prevenir alguns casos, já que sabemos que a infecção por este vírus, algumas vezes, ocorre de forma epidêmica em comunidades.
A lavagem frequente das mãos também ajuda a prevenir novos casos da doença.
As crianças que frequentam creches enfrentam um risco maior devido ao contato com outras crianças infectadas.
A maioria dos casos de infecção pelo VSR não tem como ser prevenida. Até o momento, não existem vacinas disponíveis. Contudo, existem medicações – como a imunoglobulina anti-VSR - que podem ser utilizadas naquelas crianças com grande risco de desenvolver tal doença.