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domingo, 24 de julho de 2011

Doenças do Inverno: Otite


O QUE É?
A otite média aguda é uma infecção no ouvido médio causada por um germe (bactéria). É muito comum nas crianças. O ouvido é dividido em 3 partes: externo, médio e interno. O ouvido médio é uma cavidade com ar localizada entre o tímpano e o ouvido interno. A tuba auditiva (trompa de Eustáquio), um canal de comunicação entre ouvido médio e nariz, tem a função de ventilação e limpeza.


COMO SE ADQUIRE?
A infecção no ouvido médio se faz através da tuba auditiva quando está com sua função prejudicada por inflamações ou obstruções, como acontece, por exemplo, nas alergias do nariz ou nas infecções da faringe (garganta). O germe (bactéria) presente na garganta migra pela tuba auditiva até o ouvido médio onde se multiplica nas secreções aí acumuladas, resultando uma otite média aguda. Também o vírus pode causar otite média. O risco de ocorrer uma infecção é maior se a tuba auditiva é pequena ou se não funciona de maneira eficiente, como acontece nas crianças pequenas. Também a criança que mama no peito ou toma mamadeira na posição deitada é mais propensa às otites porque a posição facilita a entrada de alimentos, sucos digestivos e germes na tuba auditiva.
A infecção do ouvido médio ocorre, na maioria das vezes, após gripe. É freqüente, também, através do contato com outras crianças. Surge também muitas vezes, durante as doenças infecciosas da infância, tais como sarampo.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os principais sintomas são dor e diminuição da audição. A dor costuma ser severa. Outros sintomas podem estar presentes: febre, inquietude, perda de apetite e secreção no ouvido se houver ruptura timpânica (perfuração do ouvido); vômitos e diarréia podem ocorrer nas crianças pequenas.

COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico é feito através da história e do exame otológico com otoscópio (aparelho específico para visualizar o ouvido) e/ou microscópio. Na otoscopia ou microscopia o médico verifica a coloração e situação da membrana timpânica, que costuma estar vermelha e abaulada na otite média aguda.

COMO SE TRATA?
O tratamento é feito com o uso adequado de antibióticos e analgésicos. Terminado o tratamento o médico verifica se o líquido da infecção que se acumulou atrás do tímpano está sendo reabsorvido e se a audição está voltando ao normal. A presença de líquido no ouvido médio interfere no mecanismo de condução do som, causando surdez. Caso o líquido e perda auditiva persistam por mais de três meses, pode ser necessário um tratamento cirúrgico que consiste em uma pequena abertura no tímpano e retirada do líquido acumulado no ouvido médio.

COMO SE PREVINE?
Algumas medidas podem ser tomadas para diminuir a incidência de otites nas crianças:

- A alimentação deve ser feita, preferencialmente, com leite materno por causa da proteção que este confere contra a otite;

- As mães não devem amamentar com a criança deitada e sim inclinada;

- Vacinar a criança contra a gripe anualmente a partir dos seis meses de idade;

- Não fumar em casa, pois a fumaça do cigarro aumenta o risco de infecção no ouvido, pelo prejuízo que causa à função da tuba auditiva e pelas alterações provocadas na mucosa de proteção do nariz e garganta.

PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE FAZER AO SEU MÉDICO
Por que estou com dor de ouvido?
Por que estou ouvindo menos?
Apesar de estar pingando gotas no ouvido, a dor não melhorou. Por quê?
A otite pode causar dano definitivo à audição?
O que devo fazer para evitar as otites de repetição no meu filho?

AUTOR
Dr. Arnaldo Linden

sábado, 16 de julho de 2011

Doenças do Inverno: Bronquite


A bronquite é uma inflamação dos brônquios causada, geralmente, por uma infecção.

A doença é, geralmente, ligeira e costuma curar-se totalmente. No entanto, a bronquite pode ser grave em pessoas com doenças crónicas que sofrem de afecções cardíacas ou pulmonares e também em pessoas de idade avançada.

Causas
A bronquite infecciosa manifesta-se com maior frequência durante o Inverno. Pode ser causada por vírus, bactérias e, especialmente, por gérmenes semelhantes às bactérias, como Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia. Podem sofrer de ataques repetidos os fumadores e as pessoas que sofrem de doenças crónicas pulmonares ou das vias aéreas inferiores, que dificultam a eliminação de partículas aspiradas nos brônquios. As infecções recorrentes podem ser consequência de uma sinusite crónica, de bronquiectasias, de alergias e, nas crianças, de amígdalas e de adenóides inflamados.

A bronquite irritativa pode ser causada por várias espécies de poeiras, vapores de ácidos fortes, amoníaco, alguns solventes orgânicos, cloro, sulfureto de hidrogénio, dióxido de enxofre e brometo, substâncias irritantes da poluição, como o ozone e o peróxido de azoto, o tabaco e outros fumos.

Sintomas e diagnóstico
Muitas vezes, a bronquite infecciosa começa com os sintomas de um resfriado comum: nariz que pinga, cansaço, calafrios, dores nas costas e nos músculos, febre ligeira e inflamação da garganta. O sintoma da tosse assinala, geralmente, o começo da bronquite.

No início, a tosse é seca e pode continuar assim, mas, com frequência, ao fim de um ou dois dias a pessoa expectora pequenas quantidades de expectoração branca ou amarelada. Mais tarde, pode expulsar muito mais expectoração, que pode ser de cor amarela ou verde. Em pessoas com bronquite grave pode aparecer febre elevada durante 4 ou 5 dias, ao fim dos quais os sintomas melhoram. No entanto, a tosse pode persistir durante várias semanas. Quando as vias aéreas inferiores estão obstruídas, a pessoa pode sentir falta de ar. Também são frequentes os sibilos, especialmente depois de tossir. Pode desenvolver-se uma pneumonia.

Habitualmente, o diagnóstico de bronquite baseia-se nos sintomas, especialmente no aspecto da expectoração. Se os sintomas persistirem, é necessário efectuar uma radiografia do tórax para se ter a certeza de que a pessoa não evoluiu para uma pneumonia.

Tratamento
Os adultos podem tomar aspirina ou paracetamol para baixar a febre e aliviar o mal-estar, mas as crianças devem tomar somente paracetamol. Recomenda-se o repouso e a ingestão abundante de líquidos.

Os antibióticos administram-se a doentes com sintomas de bronquite produzidos por uma infecção bacteriana (no caso de uma expectoração com expectoração de cor amarela ou verde e febre alta) e a doentes que já sofrem de uma doença pulmonar. Os adultos podem tomar trimetoprim/sulfametoxazol, tetraciclina ou ampicilina.

Administra-se, com frequência, eritromicina quando se considera a possibilidade de uma pneumonia por Mycoplasma.

Nas crianças, a amoxicilina é o fármaco preferido habitualmente. Os antibióticos não são úteis em infecções víricas. Uma cultura da expectoração pode indicar a necessidade de outro tipo de antibiótico quando os sintomas forem persistentes ou recorrentes ou quando a bronquite for muito grave.

Fonte: www.manualmerck.net

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Doenças do Inverno: Pneumonia


O que é?

Trata-se de uma inflamação ou infecção que ataca os pulmões, sobretudo quando o sistema de defesa foi debilitado por outro problema, como gripe, tuberculose, alcoolismo, fumo, diabete e males do coração. Pode ser causada por diversos microorganismos, como fungos, vírus, parasitas e bactérias. Uma vez nos pulmões, esses micróbios se instalam nos alvéolos — estruturas onde ocorrem as trocas gasosas —, prejudicando a respiração. A mais comum é aquela desencadeada por bactérias pneumocócicas, as mesmas que podem provocar otite ou sinusite.

Sintomas

O começo da pneumonia é bem parecido com uma gripe comum. Os principais sintomas são febre, mal-estar e tosse. Pode haver respiração curta e ofegante, além de dores no tórax.

Prevenção

A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. Tanto o imunizante que protege contra o vírus influenza, causador da gripe, como as vacinas antipneumocócicas evitam que o corpo abra uma brecha à pneumonia.

Tratamento

Na maioria dos casos, recorre-se ao auxílio de antibióticos - por via oral ou intravenosa. Até porque pneumonias virais acabam abrindo alas para bactérias proliferarem nos pulmões. Alguns médicos também recomendam exercícios respiratórios que ajudam a drenar a secreção.